quarta-feira, 29 de junho de 2011

Os perigos da poeira

Vivemos numa atmosfera poeirenta. A poeira que entra pelas nossas janelas pode vir de milhares de quilômetros de distância. Trata-se de um fenômeno planetário: tempestades de poeira provenientes do deserto do Saara atingem regularmente os Alpes e a Costa Leste dos EUA; nuvens de poeira podem ir da Ásia à Califórnia em menos de uma semana.

Qualquer estudo da poeira deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

• Mudanças no equilíbrio térmico da Terra (a poeira reflete calor, o que resfria o planeta, num fenômeno conhecido como albedo);
• Transporte de bactérias patogênicas para regiões densamente povoadas;
• Deposição de sedimentos levados pelo vento em recifes de corais antes intocados, prejudicando o crescimento e até a sobrevivência dos mesmos;
• Queda generalizada da qualidade do ar;
• Abastecimento de nutrientes essenciais às florestas, principalmente as tropicais; •Transporte e deposição de substâncias tóxicas ou radioativas.

Para se amenizar as conseqüências negativas da poeira, precisamos conhecê-la melhor, incluindo os processos que controlam suas fontes e transporte, além de seu impacto. Se pudermos identificar e controlar a poeira produzida pelas atividades humanas já estaremos começando a longa caminhada com o pé direito.

Partículas muito pequenas podem penetrar no fundo dos pulmões e causar silicose, asbestose e outras moléstias pulmonares. Quanto mais densa for a concentração de poeira, mais elevados serão os níveis de doenças respiratórias crônicas e as taxas de mortalidade associadas às mesmas. A poeira associada ao asbesto (amianto) é altamente cancerígena.

A silicose natural foi descoberta em beduínos nômades do Saara em meados do século 20; posteriormente, ela foi identificada em lavradores paquistaneses e californianos, em moradores do Ladakh (região dividida por Índia, Paquistão e China), do deserto de Thar (noroeste da Índia) e do norte da China. Estudos mostram que a doença atinge mais de 22% das populações de algumas aldeias do Ladakh e mais de 21% das pessoas acima de 40 anos em regiões no norte da China. Estima-se que ela afete dezenas e talvez centenas de milhões de pessoas na Ásia.

Tanto a superfície da Terra como a poeira em suspensão na atmosfera terão de ser estudadas mais a fundo se quisermos prever e amenizar os problemas originários de sua inalação. Em terra, deve-se identificar as fontes e as zonas de deposição e determinar como o movimento da poeira variou tanto no passado recente quanto sob condições de clima diferentes. Incorporar poeiras em modelos climáticos (desde a fonte até o local de deposição) melhorará o entendimento e permitirá elaborar previsões em várias escalas cronológicas (de semanas a séculos).

terça-feira, 7 de junho de 2011

Como se formam as montanhas e fossas submarinas

Nosso planeta é constituído de 4 camadas principais, do interior para o exterior: um núcleo que se supõe ser líquido e composto de uma liga de ferro e níquel, com temperaturas próximas daquelas da superfície do sol, baseado no estudo das características de ondas sísmicas provenientes de terremotos e na analogia com muitos meteoritos que são compostos por tal liga metálica; o manto, composto por rochas quentes e viscosas, submetidas a elevadas temperaturas e pressões; a crosta terrestre, a fina camada sólida sobre a qual vivemos; e finalmente a atmosfera, camada gasosa que fornece o oxigênio do qual necessitamos para viver.

A crosta terrestre, que tem espessuras de até 70 km sob os continentes e 10 km sob os oceanos, está dividida em uma dúzia de compartimentos denominados placas tectônicas, as quais se movem umas em relação às outras; em muitos dos contatos entre as placas, elas colidem por se moverem em sentidos contrários, e é essa colisão a principal causa da formação das cadeias montanhosas. Tomemos como exemplo as placas de Nazca e da América do Sul; a primeira é constituída por crosta oceânica, de composição basáltica (um tipo de rocha vulcânica) e se move de oeste para leste, e a segunda é constituída por crosta continental, de composição granítica e se move de leste para oeste. Como o basalto é mais denso (pesado) que o granito, na colisão entre essas duas placas, a placa de Nazca, mais densa, "mergulha" sob a placa Sul-americana, num fenômeno conhecido por subducção. Esse fenômeno causa encurtamento crustal na placa Sul-americana, causando o "enrugamento" da mesma em seu limite ocidental, formando a Cordilheira dos Andes. Em zonas de subducção, terremotos e vulcanismo ativo são muito comuns.

Já a Cadeia do Himalaia, situada na Ásia, entre a Índia e a China, tem uma origem ligeiramente diferente. Lá ocorre igualmente uma colisão entre duas placas, as placas da Índia e da Eurásia, só que, nesse caso, ambas são constituídas por crosta continental de composição granítica; como não há diferenças de densidade entre ambas, não ocorre o fenômeno da subducção e o encurtamento crustal é maior, gerando montanhas ainda mais elevadas do que nos Andes. Entretanto, ao contrário desses últimos, onde os picos mais elevados são vulcões, nos Himalaias não há vulcanismo e nem terremotos, pela ausência de subducção.

O fundo dos oceanos apresenta cadeias de montanhas submarinas denominadas cadeias mesoceânicas, onde ocorre a formação de porções mais novas de crosta oceânica pelo extravasamento e posterior resfriamento de lavas basálticas, e esse fenômeno é responsável pela chamada deriva continental; por exemplo, no fundo do Oceano Atlântico, a meia distância entre os continentes Africano e Americano, há uma cadeia montanhosa submarina desse tipo, onde ocorre o afastamento entre os citados continentes. Como na Islândia a produção de lava é muito maior do que no restante dessa cadeia montanhosa, esta atinge maiores altitudes e emerge na superfície do mar, formando a ilha que constitui o citado país.

Finalmente, as fossas oceânicas, nas quais foi medida uma coluna de água máxima de cerca de 12 mil metros de profundidade, são formadas quando há convergência de duas placas constituídas por crosta oceânica basáltica, na qual tipicamente ocorre a formação de arcos de ilha, à medida que uma placa mergulha sob a outra. Os arcos são formados por vulcões. A forma de arco aparece devido à esfericidade da superfície terrestre. Ocorre ainda a formação de uma profunda fossa submarina em frente a estes arcos, na zona em que o bloco descendente se inclina para baixo. Bons exemplos deste tipo de convergência de placas oceânicas são as ilhas do Japão e as Ilhas Aleutas, no Alasca.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O que fazer para emagrecer

Na verdade, nós engordamos quando consumimos mais calorias do que gastamos; é simples assim! Nosso organismo gasta energia mesmo quando estamos em repouso, o que é chamado de "metabolismo basal"; esse gasto de energia varia muito de pessoa para pessoa, sendo controlado por fatores como idade, sexo e principalmente genética. É porisso que alguns felizardos comem o que querem e continuam magros - a herança genética deles permite isso. Como o metabolismo varia muito de pessoa para pessoa, se você quiser emagrecer, o melhor caminho é descobrir o seu gasto calórico diário e ingerir um pouco menos de calorias correspondentes a esse gasto. Não siga dietas radicais que fazem algumas pessoas perderem peso rapidamente; tais dietas, além de perigosas, podem privar o corpo de nutrientes fundamentais; adicionalmente, assim que terminar a dieta, você tenderá a comer bastante e acabará mais gordo do que no começo do regime. O ideal é combinar 3 fatores, porque assim você não precisará abusar de nenhum deles: uma alimentação adequada aos seus gastos calóricos, de preferência estabelecida por um nutricionista; os exercícios aeróbicos, como corrida, caminhada rápida, ciclismo, natação, etc. e finalmente uma musculação leve. Os exercícios aeróbicos, que só devem ser feitos após devida liberação médica, são eficientes para queimar calorias; já a musculação não queima tantas calorias diretamente, mas aumenta o metabolismo basal, pois os músculos ligeiramente hipertrofiados gastam mais calorias quando em repouso. Em síntese, é isso. Mas não se esqueça que o fator mais importante num programa de emagrecimento é o controle das calorias ingeridas!