Esse poema é o único que eu escrevi que foi publicado. Eu escolhi o nome do blog inspirado nele, porque eu o escrevi (poema) tomando como base a ciência – no caso, um evento meteorológico catastrófico. Espero que vocês gostem.
Ventania
O ar e você deram as mãos
E ventaram na minha vida
Destruíram árvores e postes
Deixando-me sem energia
Depois, o ar e você se foram
Restou-me a saudade no vácuo
O amor pelas mãos que deformam
E o aroma de um silêncio rude
Por sobre o espaço.
Sérgio Oreiro
Poetas Brasileiros de Hoje 1986 – Shogun Editora e Arte LTDA –Rio de Janeiro, RJ
Caro Galego,
ResponderExcluirEstou ávido pelos poemas e ciência. Quando sair desse leito aí vê se atualiza o blog. Seus seguidores lhe aguardam.
Outro dia tive uma inspiração parafraseica a qual compartilhei com nosso guru lusitano:
"O poeta é um figindor"
Paráfrase: Todo intérprete é um chutador
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena"
Paráfrase: Tudo vale a pena se a alma não é pequena, inclua-se portanto o chute do intérprete.
Forte abraço,
Torcendo por ti,
Clau
O poeta é um fingidor.
ResponderExcluirFinge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fragmento de "Autopsicogafia"
Fernando Pessoa
"Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor."
Fragmento de "Mar Português"
Fernando Pessoa