domingo, 8 de abril de 2012

Apocalipse maia

Os antigos maias não profetizaram nenhum apocalipse. O calendário deles é muito diferente do calendário gregoriano que usamos atualmente, sendo que a conversão de datas pode conter grandes erros. Em segundo lugar, os maias não se importavam tanto com o mundo, mas usavam seus elevados conhecimentos de astronomia para prever ciclos climáticos que poderiam influenciar positiva ou negativamente a agricultura, que era sua principal fonte de alimentos. O final do calendário deles (que ninguém garante que corresponde a 21/12/2012), segundo arquólogos sérios que estudam os antigos maias, marcava uma mudança de ciclo importante para aquele povo, e não o fim do mundo. Agora, suponhamos que o apocalipse maia realmente aconteça. Pela moderna ciência, nosso planeta não corre riscos, mas a humanidade pode ser extinta por eventos catastróficos como o impacto de um grande meteoro ou a erupção de um supervulcão, como o de Yellowstone -EUA. Caso isso aconteça, é provável que não sobre ninguém para contar a história. Mas, se alguns humanos sobreviverem, eles enfrentarão condições bem mais difíceis que os nossos ancestrais das cavernas: em ambos os eventos que eu citei, a atmosfera ficará totalmente saturada de cinzas vulcânicas ou poeira. Essas vão refletir a luz e o calor do sol de volta para o espaço, de modo que os sobreviventes viveriam uma longa noite gelada, na qual as plantações e os animais morreriam também. Como os poucos sobreviventes fariam para conseguir alimento, só Deus sabe. O certo é que haverá muita fome e o total colapso da civilização moderna. Isso aliás aconteceu no passado: há cerca de 70 mil anos atrás, o supervulcão Toba, nas Filipinas, teve uma erupção tão forte que o planeta inteiro vivenciou anos de um intenso inverno glacial. A maioria dos seres humanos morreu, sendo que muito poucos sobreviveram. Isso explica a grande homogeneidade genética das populações humanas atuais, que descendem de algumas poucas fêmeas. Tanto o estudo dos genes como a geologia apontam que um evento catastrófico dizimou quase toda a população da Terra, e ambas as técnicas, de forma independente, descobriram que isso ocorreu há cerca de 70 mil anos atrás. Porisso, se houver um "apocalipse", essa história se repetirá, e daqui a 100 anos (se todos não morrerem) teremos uma população humana reduzida, com uma homogeneidade genética ainda maior que a atual; tal população viverá dos poucos vegetais e animais que teriam sobrevivido ao apocalipse, numa forma semelhante à vida dos primitivos humanos.

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