terça-feira, 24 de abril de 2012

Esquizofrenia

A esquizofrenia, conforme foi demonstrado por inúmeros trabalhos científicos, é causada principalmente por fatores genéticos, sendo comum a repetição de casos numa mesma família. Essa doença normalmente se manifesta cedo na vida (daí o fato de ela, antigamente, ter recebido o nome de "demência precoce"). Normalmente, o jovem passa a se isolar cada vez mais das demais pessoas, passa a se descuidar dos estudos e pode apresentar comportamentos tidos como "estranhos", sendo que geralmente ele passa a desprezar o convívio familiar e social. Com a evolução da doença, o paciente vai progressivamente perdendo o contato com a realidade, e sua fala e escrita geralmente refletem isto, com repetições de raciocínios, confusão de conceitos e uma linguagem que, aos mais desavisados, pode até parecer poética. Logo começam as alucinações, que são falsas percepções dos sentidos. As principais alucinações são auditivas, sendo que o paciente ora sente que "ouve seus próprios pensamentos", ora ouve vozes que o reprovam ou dão comandos para que ele execute alguma ação. Outro sintoma muito característico da esquizofrenia são os delírios, que consistem em idéias totalmente fora da realidade, mas que são tidas como verdades absolutas pelo paciente. Por exemplo, um esquizofrênico paranóide pode pensar que está sendo perseguido por pessoas que lhe querem fazer mal e ficam desconfiados de parentes e amigos, podendo até reagir agressivamente aos supostos atos de perseguição. Mas poucos esquizofrênicos se tornam agressivos ou cometem crimes. Com a continuidade da doença, algumas partes do cérebro vão se degenerando fisicamente, de modo que, se não for tratada, a esquizofrenia pode se tornar permanente e incurável. Por este motivo, os melhores prognósticos de tratamento se dão quando a doença é diagnosticada e tratada em sua fase inicial, caso em que o tratamento impede que o cérebro se degenere. Normalmente, os psiquiatras tratam as esquizofrenias principalmente com medicamentos antipsicóticos, sendo que existem muitos deles disponíveis no mercado farmacêutico. Quando diagnosticada e tratada desde cedo, há grandes chances de o paciente levar uma vida relativamente normal, tanto em família, quanto em sociedade. Este texto é meramente informativo e não substitui as devidas orientações de um profissional de saúde.

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