quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pós e contras da teoria do aquecimento global

Há tempos venho pensando em elaborar um ensaio um pouco mais amplo sobre o tema do aquecimento global. A reportagem exibida no programa Fantástico, da TV Globo, no dia 05/12/2010, foi a gota d’água para que eu vencesse a preguiça. Afinal, essa reportagem, de cunho sensacionalista, mostrou as chuvas ocorridas naquela ocasião na capital paulista – completamente normais para essa época do ano - como uma prova irrefutável das mudanças climáticas causadas pelo homem. Como interessado neste assunto, resolvi escrever algumas breves linhas sobre o mesmo. As mudanças climáticas têm estado em forte evidência nos últimos anos. Todos, de cientistas a babás, se convenceram de que, se o homem não parar de maltratar o planeta, o final dos tempos será precedido de inundações, furacões e outras pragas. Será que esse consenso é tão absoluto assim? Ninguém escapa deste assunto, esteja em São Paulo, na Amazônia, no Japão ou na Groenlândia. O tema do aquecimento global saiu há mais ou menos duas décadas dos fechados círculos acadêmicos para ganhar a atenção de ativistas, da imprensa e de pessoas de qualquer grau de instrução. Parte da culpa é do ex-vice-presidente americano Al Gore, que aborda a questão de maneira clara e direta em seu documentário “Uma Verdade Inconveniente”. Segundo Al Gore afirma no documentário de 2005, se confirmadas as pesquisas dos estudiosos nele citados, a Terra só tem 10 anos para reverter a catástrofe iminente. Reparemos que essa afirmação foi feita há 5 anos. O trailler do documentário pode se assistido em http://tvuol.uol.com.br/cinema/trailers/2006/06/05/ult2489u813.jhtm A faísca que incendiou de vez os debates em convenções e em botequins sobre o aquecimento global foi a estrondosa divulgação do quarto relatório (AR4) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês, http://www.ipcc.ch/), órgão das Nações Unidas que reuniu cientistas e políticos de 116 nações para analisar o tema. Ele criou, com base em 5 anos de pesquisas, o que é quase impossível na ciência: um consenso. Todos concordamos, em maior ou menor grau, que o mundo está realmente ficando mais quente. Desde 1850, quando começaram as medições mais confiáveis de temperatura, não víamos os termômetros marcar números tão altos. Ondas de calor, furacões mais intensos e derretimento das geleiras nos pólos são alguns resultados desse aquecimento já percebidos – que devem se agravar, pelas projeções dos cientistas do IPCC apresentadas em abril na segunda parte do AR4. (O relatório é divulgado em 3 etapas: uma trata das causas científicas do fenômeno, outra faz projeções e a terceira aborda medidas para suavizar a curva de aquecimento.) Existe mesmo um consenso? Há um grupo de cientistas, conhecidos genericamente por céticos, que desconfia da tese que aponta o homem como o principal vilão: para vários deles, o aumento na concentração de CO2 na atmosfera não seria suficiente para explicar a maior parte das mudanças climáticas, como diz o IPCC. “Partes por milhão”, como o nome diz, é coisa pouca em relação ao todo, alegam os céticos. Além disso, segundo Baptista (2009), o CO2 não é poluente, mas sim um dos gases que sustentam a vida. Os vegetais retiram CO2 da atmosfera no processo de fotossíntese, essencial à vida na Terra; ou seja, quanto mais CO2, maior será a produtividade agrícola. Esse gás é responsável por apenas 3,6% do efeito estufa, sendo que, desse percentual, 3,5% são naturais e apenas 0,1% de responsabilidade humana. Na prática, segundo os céticos, a poluição causada pela humanidade mexeu em menos de meio por cento da composição atmosférica nesses 150 anos. Para os céticos, as alterações climáticas são comuns na história do planeta; adicionalmente, causas naturais, como variantes na atividade solar, atividade vulcânica e correntes marítimas, fatores que foram responsáveis por mudanças no passado, continuariam sendo as maiores responsáveis pelas mudanças atuais. Do outro lado, os cientistas do consenso dizem que a atmosfera sempre esteve num equilíbrio muito sensível e tênue, e qualquer alteração, por mínima que aparente ser, provoca reações em cadeia e pode acarretar mudanças drásticas e mais aceleradas no clima. Testes de laboratório mostram que uma variação pequena na quantidade de CO2 da atmosfera seria efetivamente suficiente para causar um aumento na temperatura, e modelos cada vez mais acurados indicam uma relação diretamente proporcional entre o aumento dos gases do efeito estufa e a intensificação do aquecimento. Mas esse não é um argumento definitivo para os céticos, que afirmam que testes de laboratório dificilmente conseguem prever outras variáveis que afetam o equilíbrio da temperatura na Terra, como as nuvens e a radiação solar. “Sempre mostramos que existe uma variabilidade natural do clima. Sem medo de exagerar, é possível dizer que o clima da Terra é o resultado de tudo que acontece no Universo – a radiação solar e até a explosão de uma estrela milhões de anos atrás pode mudar a temperatura aqui”, afirma o climatologista Luis Carlos Molion, da UFAL, um dos brasileiros que defendem com mais ardor a bandeira dos céticos. Assim se expressa Molion sobre o tema: ”O Grupo intergovernamental sobre a evolução do clima (GIEC) afirma que as concentrações de CO2 atingidas em 2005, de 339 ppm (partes por milhão), são as maiores dos últimos 650 000 anos. É ridículo. (…) Ao longo dos últimos 150 anos, já atingimos 550 ppm e até 600 ppm. (…) Estarão a recuperar medos antigos? Tenho imagens de uma manchete do Time anunciando, em 1945: «O mundo está a derreter». Depois, em 1947, os títulos anunciavam o regresso de um período de glaciação. Hoje em dia, fala-se de novo de aquecimento. Não quero dizer que os eventos não sejam cíclicos; a verdade é que os fatores que afectam a metereologia terrestre são muito numerosos. (…) Trata-se de uma atitude neocolonialista: o domínio exerce-se através da tecnologia, da economia, e hoje em dia, também através de um terrorismo climático representado por essa ideia de aquecimento global. (…) Atualmente existem muitos fundos à disposição dos especialistas que defendem a tese do aquecimento do planeta. Esses fundos provêem de governos que cobram impostos a setores industriais que são partes interessadas neste negócio. São muitos os cientistas que se vendem para ver os seus projetos aprovados”. (http://blogdoambientalismo.com/molion-um-cientista-que-nao-se-curva-aos-ambientalistas-radicais/) Em http://www.ufal.edu.br/ufal/noticias/2008/07/professor-molion-debate-aquecimento-global-na-sbpc/, Molion prossegue sua crítica: “tudo isto é parte de uma campanha para promover a “faixada verde” das grandes empresas. “É uma jogada para atrair votos pelo lado político e clientes para as empresas. A grande mídia, com a Globo, e nos EUA com a NBC e o grupo Times, tem mantido a história do aquecimento global por que isso vende. Exploram uma das características do ser humano que é o catastrofismo". Por outro lado, Paulo Artaxo, climatologista da USP, que participou do relatório do IPCC, refuta fortemente os argumentos dos céticos. Para ele, essas alegações estão ultrapassadas. O último grande estudo sobre a radiação solar, por exemplo, já tem 16 anos, sofreu muitas críticas e foi invalidado por vários centros de pesquisa desde então – apesar de citado até hoje como um dos mais fortes argumentos contra a causa humana. O AR4 define que o Sol tem apenas 7% da responsabilidade pelo aquecimento em curso. Artaxo diz que o consenso sobre a culpa do homem é quase inabalável. “Não há 100% de certeza porque não existe isso em ciência”, afirma. “Mas tudo que contribui para a mudança da temperatura foi pesado e atribuído no relatório, e passado por um escrutínio enorme e rigorosíssimo.” (http://www.plurall.com/forum/cultura-trance/ecologia/32368-farsa-aquecimento-global/). Afinal, quem tem razão? Se os céticos em relação às causas do aquecimento global são minoria, não faltam cientistas desconfiados das previsões sobre os impactos das mudanças climáticas. A cada ano, chega ao público uma quantidade enorme de informações alarmistas – e muitas vezes conflitantes. Jornais e revistas trouxeram montagens com grandes cidades debaixo d’água, número de pessoas afetadas pela seca e fome, espécies de animais em extinção e todo tipo de cenário apocalíptico. Parte do pessimismo tem razão de ser: o CO2 lançado na atmosfera nos últimos séculos ficará lá por mais de 100 anos; O CFC, poluente relacionado a sprays e geladeiras, demora mais de 1 milhão de anos para se dissipar. Então, mesmo que, milagrosamente, parássemos agora de lançar tais gases na atmosfera, enfrentaríamos as conseqüências neste século (considerando verdadeira, é claro, a hipótese de que esses gases são os principais vilões). Entretanto, uma leitura atenta do levantamento da ONU mostra que ele é cauteloso ao trazer uma escala de confiabilidade de cada projeção, além de considerar diversos cenários possíveis. “Acho que o público e a imprensa já estão à frente da ciência em termos de previsões catastróficas, fazendo conexões que ainda não estão nos dados”, afirmou o britânico Martin Parry, co-presidente do grupo de trabalho que apresentou a segunda parte do relatório do IPCC. Para fazer as previsões, os cientistas inserem o maior número de variáveis possíveis em modelos matemáticos que são então processados em computadores de última geração, projetando o comportamento esperado do clima com base em dados climáticos do passado. Para o relatório do IPCC, foram usados mais de 20 modelos – todos tinham resultados diferentes, alguns com uma discrepância razoável. “As incertezas são muito grandes, os modelos são reconstruções não instrumentais e funcionam mais como indicadores. Ainda temos dúvidas em relação ao passado”, afirma José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Após uma palestra de apresentação dos dados do IPCC na USP, em abril de 2007, o veterano e sempre atuante geógrafo Aziz Ab’ Saber fez duras críticas justamente à falta de dados sobre o passado climático da Terra. “Já houve um período naturalmente quente: o Ótimo Climático, entre 5 000 e 6 000 anos atrás, quando aconteceu a retropicalização do Brasil”, afirmou. “O mar chegou a subir quase 3 metros, as correntes marítimas mudaram. Se não considerarmos isso, não podemos dizer que vai ser maléfico para a Amazônia.” Mais opiniões de Ab’ Saber sobre o assunto podem ser lidas em http://www.apolo11.com/mudancas_climaticas.php?posic=dat_20070319-102034.inc. Os pesquisadores são neutros? Discordâncias e incertezas na ciência são normais e saudáveis, afinal são elas que conduzem a descobertas. Mas alguns defendem que, no caso do aquecimento global, há mais em jogo que simples pontos de vista diferentes. Muito se falou, em parte com razão, que a indústria do petróleo financiava os céticos. Em 1998, o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês), poderosa organização que congrega as maiores empresas do ramo nos EUA, tentou arregimentar cientistas que pudessem ir a público e falar das falhas das teorias sobre as causas do aquecimento global. Por outro lado, seria injustiça dizer que todos os negacionistas sejam vendidos, como os tacha a maioria dos cientistas que defendem a hipótese antropogênica. “Aquecimento global virou uma religião. Falar algo contra a corrente dominante virou heresia”, afirma Nigel Calder, ex-editor da revista New Scientist, ele mesmo um “herege” assumido. Calder é um dos principais personagens do documentário The Great Global Warming Swindle (“A Grande Farsa do Aquecimento Global, http://www.greatglobalwarmingswindle.co.uk/), que foi ao ar na TV inglesa em março de 2007. O filme, que pode ser visto no site http://www.prisonplanet.com/articles/march2007/090307warminghoax.htm), defende uma tese controversa: da mesma maneira que há empresas interessadas em negar o impacto da poluição humana na mudança climática – como as de petróleo, carvão e automóveis – há pessoas, empresas e grupos de pressão que se beneficiariam com histeria em torno do aquecimento global. Entre eles, segundo o documentário, estariam as diversas ONGs ambientalistas, que receberiam mais fundos, os países que vendem tecnologias de geração de energia renovável (como alguns europeus) e lucrariam com a substituição das fontes de energia, e, principalmente, cientistas que estão sendo atraídos para o tema por causa de abundantes linhas de financiamento para pesquisas na área. A tese tem alguma base. Segundo Carlos Nobre, pesquisador do INPE, os fundos para estudos sobre mudanças climáticas receberam maior aporte de recursos, mas por uma razão trivial. “Existe uma percepção de que é um problema sério. Esse consenso tem de aparecer na forma de financiamento”, afirma. O climatologista, porém, diz acreditar que há espaço para qualquer teoria. Richard Lindzen, climatologista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, discorda. No polêmico documentário, ele dispara: “Cientistas que não aceitam o alarmismo têm visto seus fundos desaparecer, seus trabalhos alterados, e eles mesmos são tachados de fantoches da indústria”. Como, para o bem e para o mal, o aquecimento é a moda, o debate acontece no Brasil também. “Se eu disser que vou fazer um estudo para contestar o aquecimento global, dificilmente vou conseguir financiamento”, admite Ercília Steinke, professora de Climatologia Geral da UnB. “Os cientistas têm de seguir o paradigma.” Chris de Freitas, professor de ciência ambiental na Universidade de Auckland, Nova Zelândia, é um dos céticos mais combativos da atualidade. Ainda assim, ele considera benéfica a maior parte dos interesses que movem as causas verdes. “O problema da mudança climática ganhou vida própria”, escreveu em um artigo publicado no jornal New Zealand Herald. Segundo ele, além das verbas para a pesquisa, estão em jogo a qualidade do ar, o consumo de recursos não renováveis, a eficiência energética, a redução da dependência do petróleo estrangeiro, o zelo pelo ambientalismo e a geração de riqueza por taxas ambientais. Se caminhamos para uma catástrofe, como deter essa marcha? A sabedoria popular diz que, na dúvida, é melhor não ultrapassar. Então, se há a possibilidade de mudanças climáticas extremas, não temos muito a perder em tornar o mundo menos poluído. A questão não é tão simples assim. Para diminuir a emissão de gases poluentes, temos de mudar hábitos, buscar novas formas de energia e substituir as antigas, reciclar o lixo, plantar árvores e outras medidas de atenuação do impacto humano. O custo disso tudo é difícil de se estabelecer. O terceiro relatório do IPCC estima algo entre US$ 78 bilhões e mais de US$ 1 trilhão por ano – o que corresponde a uma cifra entre 0,2 e 3,5% da soma dos PIBs de todas as nações do mundo. Vale a pena todo esse custo e trabalho? Parece uma pergunta absurda, em se tratando do objetivo de salvar o planeta. Mas um grupo seleto de economistas (alguns laureados com o Prêmio Nobel) se reuniu há 7 anos com o desafio de eleger quais prioridades a humanidade deve ter na relação custo/benefício. O chamado Consenso de Genebra, como ficou conhecido o grupo, colocou a contenção do aquecimento global atrás de 9 outros desafios prioritários, como diminuição da fome e o combate à malária na África. Para efeito de comparação, os economistas calcularam em US$ 27 bilhões a despesa para prevenir que o HIV contaminasse 28 milhões de pessoas até 2010 – e os benefícios seriam 4 vezes maiores que o custo (http://www.plurall.com/forum/cultura-trance/ecologia/32368-farsa-aquecimento-global/). O próprio relatório do IPCC de 2007 (http://www.ecolatina.com.br/pdf/IPCC-COMPLETO.pdf) reconhece que os esforços para mitigar o aquecimento global não podem vir desacompanhados de outras políticas públicas. “O equilíbrio entre impactos positivos e negativos para a saúde irá variar de um lugar para outro, e mudará durante o tempo com as temperaturas aumentando”, lê-se no AR4, na parte de saúde. “Para enfrentá-los, serão criticamente importantes fatores que diretamente moldam a saúde da população, como educação, campanhas e infra-estrutura de saúde pública e desenvolvimento econômico.” O que muitos dos céticos deixam de levar em consideração, ao calcular o alto custo de frear as emissões de gases poluentes, é a possibilidade de que o gasto seja, na verdade, um investimento. “É possível que os benefícios econômicos excedam os custos da mitigação”, diz o terceiro relatório do IPCC, datado de 2001. Geração de energia eólica ou solar, apesar do alto custo de implantação, tenderá a ser mais barata no futuro. A produção de carros mais econômicos e utilização de materiais recicláveis nas indústrias já são realidade, e têm trazido economia para grandes empresas. Na Europa, algumas companhias aéreas já oferecem a opção de passagens “verdes”, mais caras que as normais, mas que prometem ao passageiro que serão plantadas árvores em quantidade proporcional ao CO2 emitido na viagem. Por enquanto, a iniciativa tem dado certo. Se as previsões mais catastróficas se concretizarem, problemas como a falta d’água e o racionamento de energia provocarão mudanças sensíveis no comportamento das pessoas. “A maneira como consumimos até hoje, com todo esse desperdício, não poderá continuar”, avisa Artaxo. “Mas não é o fim do mundo. O ser humano tem condições de enfrentar o problema e conseguirá encontrar formas de superá-lo”, aposta o professor da USP. Para que possamos chegar a soluções sensatas tanto para diminuir as emissões de CO2 eo para nos adaptarmos às novas condições climáticas, é preciso questionar as “verdades” impostas. É a opinião do escritor, médico e biólogo Michael Crichton, autor do livro Estado de Medo (2004, Editora Rocco): “A ciência não tem nada a ver com consenso. Consenso é coisa de política. Os maiores cientistas da história são grandes justamente porque desafiaram o consenso”. Geraldo Luis Lino, autor de “A Fraude do aquecimento Global: como um fenômeno natural foi convertido numa falsa emergência mundial” (Ed. Capax Dei, 2010), assim resume seu ponto de vista, no blog (http://advivo.com.br/blog/luisnassif/a-critica-cientifica-ao-ipcc?page=1): “O cerne de toda essa questão se prende a uma singela aplicação do método científico à hipótese antropogênica. Como se sabe, o método científico envolve basicamente: 1) a formulação de uma hipótese; e 2) a comprovação dessa hipótese com dados observados no mundo real. Se os dados observados não se encaixarem na hipótese, ela deve ser abandonada (ou os métodos de coleta de dados precisam ser revistos). Não obstante, mesmo quando um certo conjunto de dados a comprova, é comum que novos dados posteriores deixem de corresponder a ela, com o que é necessário reformulá-la em parte ou totalmente. Em linhas gerais, é assim que a ciência tem avançado. Agora, examinemos a hipótese do aquecimento global antropogênico (AGA): 1) Hipótese: O homem está afetando a dinâmica climática com as emissões de carbono (especialmente CO2) posteriores à Revolução Industrial do século XVIII. 2) Evidências: Para comprová-la, seria preciso que houvesse alguma variação perceptível na evolução de certos parâmetros climáticos, como a temperatura, ou influenciados pelo clima, como o nível do mar, em relação ao comportamento deles ANTES da Revolução Industrial, de modo que se pudesse identificar a interferência humana (que se revelaria por uma aceleração positiva nas variações deles). 3) Fatos: Segundo o relatório de 2007 do IPCC (AR4), desde meados do século XIX a temperatura média da atmosfera aumentou 0,8oC e o nível do mar, 0,2 m (20 cm). Ocorre que, ao longo do Holoceno, a época geológica iniciada há 12 mil anos e na qual a Civilização tem existido, houve vários períodos MAIS QUENTES e com níveis do mar MAIS ALTOS que os atuais. Por exemplo, no Holoceno Médio, há cerca de 5000-6000 anos, os níveis do mar eram até 3 metros SUPERIORES aos atuais, como se observa em muitos lugares do mundo, inclusive na costa brasileira. Naquela época, as temperaturas médias eram 2-4oC mais altas que as atuais. Igualmente, entre os séculos X e XIII, ocorreu o chamado Período Quente Medieval, em que as temperaturas eram 1-2oC superiores às atuais, conforme indicam centenas de pesquisas realizadas em dúzias de países e em todos os continentes (no sítio www.co2science.org, encontra-se um grande número de artigos referentes a tais fatos). Da mesma forma, a elevação das temperaturas verificada desde 1870 significa um aumento médio de 0,06oC por década. Ora, na transição de temperaturas que sinalizou o advento do Holoceno, há 12000 anos, as temperaturas subiram de 6-8oC em menos de um século, o que representa uma variação uma ordem de magnitude mais rápida que a dos últimos 140 anos. Em suma, se há 5000-6000 anos, quando o esterco e a lenha eram os únicos combustíveis usados pelo homem e a Humanidade não passava de algumas dezenas de milhões de indivíduos, houve temperaturas e níveis do mar significativamente mais altos que os atuais, e se o aquecimento global há 12000 anos foi muito mais rápido que o verificado desde o século XIX, não é possível em termos científicos diferenciar as pequenas variações ocorridas neste último período dentro das oscilações naturais muito maiores ocorridas anteriormente. 4) Conclusão: A hipótese antropogênica não se sustenta nas evidências observadas no mundo real, não passando de projeções de modelos matemáticos bastante incompletos (que são ferramentas úteis para a pesquisa científica, mas jamais devem substituir evidências concretas e ser usados para fundamentar políticas públicas de alcance global). Como corolário desses fatos, a despeito de todo o apelo emocional do discurso ambientalista, é simplesmente descabido se pretender mudar toda a base energética da economia mundial, que depende dos combustíveis fósseis em mais de 80%, com base numa hipótese que não tem base científica factual. Ou seja, é preciso buscar em outras origens, que não a ciência, as motivações para o alarmismo climático em escala global”. É simples assim”. Bem, creio que por enquanto é o suficiente. Voltarei a escrever sobre esse tema num futuro próximo, assim que eu tiver algum dado ou fato relevante sobre o mesmo. Bibliografia: Baptista, G. M. de M. Aquecimento global: ciência ou religião. Brasília, Interlândia, 2009, p 158.

2 comentários:

  1. Você respondeu uma pergunta minha no yahoo sobre terremotos, achei interressante a resposta.Você falou na resposta coisas que nomalmente não se ve falando.Andei analisando os terremotos depois de 2010 e queria saber se as conclusões que cheguei estariam certas,mal elaboradas ou erradas e o que já existe de conhecimento sobre terremotos.
    Manda um e-mail para min com seu msn guiov_98@yahoo.com

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  2. O correto Seria "Prós", em vez de "Pós", no título.

    Fonte: Se jogar "pós e contras" no google, ele corrige ^^

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