segunda-feira, 9 de maio de 2011

A semente do medo

Prezados leitores, tomo a liberdade de reproduzir aqui uma análise profunda e bela de Mauro Santayana sobre a morte de Bin Laden, publicada no Jornal do Brasil do dia 4 de maio último. Sem tintas partidária, o ecritor tece uma narrativa contundente, que se segue abaixo:

"A semente do medo"
Mauro Santayana

"Os americanos comemoram nas ruas a morte de Bin Laden, enquanto nos países muçulmanos outros oram pelo homem que consideram mártir. Como parte da Humanidade, talvez não nos conviesse a euforia pela execução sumária de Bin Laden, nem a consternação por sua morte. Os Estados Unidos celebram a morte de Bin Laden, e um ex-embaixador brasileiro considerou-a “espetacular”. É melhor ver a morte de qualquer homem, bom ou mau, como a morte de parte de nós mesmos. Como no belo poema em prosa de Donne, “any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee”. A morte de qualquer homem me diminui, disse o poeta, porque sou parte da Humanidade, e, por isso, não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por você. Todos nós morremos um pouco, quando as Torres Gêmeas vieram abaixo, e todos nós morremos quase diariamente com os que tombam e tombaram, na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, na Costa do Marfim, no Realengo, em Eldorado dos Carajás, na Candelária e nas favelas brasileiras".

Para a leitura completa do artigo, clicar aqui.

Um comentário:

  1. Parabéns pela iniciativa. É um belo texto do Mauro Santayana, que depois reli no blos dele, www.maurosantayana.com.

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