O transtorno bipolar é caracterizado pela alternância de uma fase depressiva bem definida com uma fase de euforia (mania ou hipomania), acompanhada ou não de delírios. Por esse fato, esse transtorno era antigamente chamado de psicose maníaco-depressiva. Tal transtorno normalmente se origina entre os vinte e os trinta anos de idade, mas já houve casos relatados de pacientes de terceira idade que manifestaram o transtorno pela primeira vez.
Atualmente, divide-se o transtorno bipolar em dois tipos: o tipo I é a forma clássica descrita acima, mas as fases maníacas não são necessariamente seguidas por fases depressivas ou vice-versa. O tipo II é aquele onde a depressão não é seguida por uma fase maníaca, mas hipomaníaca (mais branda).
Na fase maníaca, o paciente se encontra muito animado, risonho e falante, às vezes atropelando seus próprios pensamentos. Pode ter delírios de grandeza e se sente invencível. Pode mudar de humor rapidamente, ou seja, de sorridente pode passar a mal humorado e zangado, e depois esquecer imediatamente a situação ou pessoa que o fez se sentir contrariado.
Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa qualquer; outras pessoas podem apresentar leves sintomas de depressão e hipomania entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há também uma minoria de pacientes que não se recupera, tornando-se totalmente dependentes de seus familiares e dos profissionais de saúde mental.
A causa primária do transtorno bipolar é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu surgimento, como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos marcantes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida. Não se descarta uma origem genética para esse transtorno, uma vez que em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com esse problema.
O tratamento é feito com uma combinação de antidepressivos com estabilizadores de humor, nos casos em que a depressão é muito forte; atualmente, há uma tendência crescente na psiquiatria de se tratar o transtorno bipolar apenas com estabilizadores de humor, como o carbonato de lítio, alguns anticonvulsionantes modernos como o topiramato, etc. Nos casos de episódios maníacos delirantes, é necessário o uso de antipsicóticos.
Por último, mas não menos importante, as informações contidas neste blog não têm a pretensão de substituir o diagnóstico e o tratamento médico adequados. Atualmente, há uma tendência de se rotular pessoas normais como tendo algum tipo de problema psiquiátrico; por exemplo, uma pessoa que esteja profundamente triste é dada como deprimida, e uma pessoa “de lua”, que apresenta fases de alegria intercaladas com fases em que está mais introspectiva é taxada de bipolar, etc. Desta forma, somente um profissional de saúde devidamente qualificado deverá estabelecer diagnósticos e tratamentos.
Olá Sergio,
ResponderExcluirParabéns pelo post.
Gostei de seu blog e estou seguindo. Estarei sempre passando por aqui.
Um grande abraço
PD
Obrigado, PD.
ResponderExcluirUm grande abraço,
Sérgio
GOSTEI DE SEU BLOG,PARABÉNS.O BRASIL AINDA TEM GENTE BOA E INTELIGÉNTE COMO VC,UM GRANDE ABRAÇO PARA VC FICA COM DEUS.ALLAN..................... MSN...JOSENCOADO@HOTMAIL.COM
ResponderExcluirQUAL DE MIM SOU EU...?
ResponderExcluirAqui, o poeta
não é simplesmente
um gênio do conhecimento
dos sentimentos humanos
Na verdade
não há gênio
(e nem conhecimento)
o que se passa
é que não passo
a palavra
a personagens,
nem empresto a voz
a ilustres heterônimos:
dividem-se, em mim,
dois pólos
que não se comunicam
não dividem o espaço
Cada um,
a seu tempo
preenche-o completamente
assenhoream-se
dominam-no
como se não tivera
outro dono
são pólos inconciliáveis
incomunicáveis
incompatíveis de gênio
senhores de si
e as vezes de mim
me confundem
são cheios de razões
não sei o que sou
são parasitas
alimentam-se
da minha consciência
e só percebo
que não são eu
quando se vão.
Mas... alternam-se
tão rapidamente
que nem tenho tempo
de ser eu mesmo
Eu? Desculpem-me:
quem sou eu?
Não sei...
Só sei que não sou eles
(mas também não sou eu...)
pois no curto espaço
de tempo
em que se ausentam
sou apenas
o vácuo,
vazio absoluto
Deus, olha pra mim...
e cura-me
antes que julguem-me
e condenem-me
porque
ninguém
irá
exorcizar
o que não são
possessões
mas dualidades:
euforia e medo...
byclaudiochs - http://progcomdoisneuronios.blogspot.com
.
Obrigada por sua postagem esclarecedora.
ResponderExcluirUm abraço!