sexta-feira, 29 de abril de 2011

Causas e tratamento do transtorno bipolar

O transtorno bipolar é caracterizado pela alternância de uma fase depressiva bem definida com uma fase de euforia (mania ou hipomania), acompanhada ou não de delírios. Por esse fato, esse transtorno era antigamente chamado de psicose maníaco-depressiva. Tal transtorno normalmente se origina entre os vinte e os trinta anos de idade, mas já houve casos relatados de pacientes de terceira idade que manifestaram o transtorno pela primeira vez.

Atualmente, divide-se o transtorno bipolar em dois tipos: o tipo I é a forma clássica descrita acima, mas as fases maníacas não são necessariamente seguidas por fases depressivas ou vice-versa. O tipo II é aquele onde a depressão não é seguida por uma fase maníaca, mas hipomaníaca (mais branda).

Na fase maníaca, o paciente se encontra muito animado, risonho e falante, às vezes atropelando seus próprios pensamentos. Pode ter delírios de grandeza e se sente invencível. Pode mudar de humor rapidamente, ou seja, de sorridente pode passar a mal humorado e zangado, e depois esquecer imediatamente a situação ou pessoa que o fez se sentir contrariado.

Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa qualquer; outras pessoas podem apresentar leves sintomas de depressão e hipomania entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há também uma minoria de pacientes que não se recupera, tornando-se totalmente dependentes de seus familiares e dos profissionais de saúde mental.

A causa primária do transtorno bipolar é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu surgimento, como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos marcantes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida. Não se descarta uma origem genética para esse transtorno, uma vez que em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com esse problema.

O tratamento é feito com uma combinação de antidepressivos com estabilizadores de humor, nos casos em que a depressão é muito forte; atualmente, há uma tendência crescente na psiquiatria de se tratar o transtorno bipolar apenas com estabilizadores de humor, como o carbonato de lítio, alguns anticonvulsionantes modernos como o topiramato, etc. Nos casos de episódios maníacos delirantes, é necessário o uso de antipsicóticos.

Por último, mas não menos importante, as informações contidas neste blog não têm a pretensão de substituir o diagnóstico e o tratamento médico adequados. Atualmente, há uma tendência de se rotular pessoas normais como tendo algum tipo de problema psiquiátrico; por exemplo, uma pessoa que esteja profundamente triste é dada como deprimida, e uma pessoa “de lua”, que apresenta fases de alegria intercaladas com fases em que está mais introspectiva é taxada de bipolar, etc. Desta forma, somente um profissional de saúde devidamente qualificado deverá estabelecer diagnósticos e tratamentos.

5 comentários:

  1. Olá Sergio,
    Parabéns pelo post.
    Gostei de seu blog e estou seguindo. Estarei sempre passando por aqui.
    Um grande abraço
    PD

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  2. Obrigado, PD.
    Um grande abraço,
    Sérgio

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  3. GOSTEI DE SEU BLOG,PARABÉNS.O BRASIL AINDA TEM GENTE BOA E INTELIGÉNTE COMO VC,UM GRANDE ABRAÇO PARA VC FICA COM DEUS.ALLAN..................... MSN...JOSENCOADO@HOTMAIL.COM

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  4. QUAL DE MIM SOU EU...?
    Aqui, o poeta
    não é simplesmente
    um gênio do conhecimento
    dos sentimentos humanos
    Na verdade
    não há gênio
    (e nem conhecimento)
    o que se passa
    é que não passo
    a palavra
    a personagens,
    nem empresto a voz
    a ilustres heterônimos:
    dividem-se, em mim,
    dois pólos
    que não se comunicam
    não dividem o espaço
    Cada um,
    a seu tempo
    preenche-o completamente
    assenhoream-se
    dominam-no
    como se não tivera
    outro dono
    são pólos inconciliáveis
    incomunicáveis
    incompatíveis de gênio
    senhores de si
    e as vezes de mim
    me confundem
    são cheios de razões
    não sei o que sou
    são parasitas
    alimentam-se
    da minha consciência
    e só percebo
    que não são eu
    quando se vão.
    Mas... alternam-se
    tão rapidamente
    que nem tenho tempo
    de ser eu mesmo
    Eu? Desculpem-me:
    quem sou eu?
    Não sei...
    Só sei que não sou eles
    (mas também não sou eu...)
    pois no curto espaço
    de tempo
    em que se ausentam
    sou apenas
    o vácuo,
    vazio absoluto
    Deus, olha pra mim...
    e cura-me
    antes que julguem-me
    e condenem-me
    porque
    ninguém
    irá
    exorcizar
    o que não são
    possessões
    mas dualidades:
    euforia e medo...

    byclaudiochs - http://progcomdoisneuronios.blogspot.com

    .

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  5. Obrigada por sua postagem esclarecedora.
    Um abraço!

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