A paixão é causada por um conjunto de modificações físicas e cerebrais que ocorrem no homem e na mulher com o intuito de preparar o par para o acasalamento e a reprodução. Quando estamos apaixonados, temos sintomas comuns a muitos distúrbios da mente e da personalidade, como ciúme excessivo (paranóia), a aflição quando o ser amado demora a telefonar (ansiedade), uma idéia ou pensamento fixo no ser amado, que nos leva a telefonar compulsivamente para ele (Trantorno Obsessivo Compulsivo). Além disso, se a pessoa por quem nos apaixonamos termina o relacionamento conosco, nós ficamos profundamente deprimidos (depressão).
Tudo isso indica que, no cérebro dos apaixonados, ocorrem reações neuroquímicas bem definidas, que levam os dois a ficarem juntos e a fazerem amor com muita frequência, com o intuito de que a reprodução aconteça. Uma vez que a mulher engravide, o homem fica a seu lado, agindo de forma protetora.
Curiosamente, uma paixão dura em média três anos, tempo suficiente para que a criança cresça e aprenda a andar e a falar. Não estou insinuando que, com o término da paixão, que pode ser abrupto ou gradativo, o casal vá se separar; às vezes isso acontece, porque, quando nossa neuroquímica cerebral volta ao normal, nós passamos a nos aperceber de defeitos do ser amado que não nos eram aparentes durante o auge da paixão. Nos casos onde a paixão ocorre entre pessoas de personalidade compatível, mesmo quando ela cessa, o casal continua junto, pois a s afinidades propiciam o surgimento do amor, sentimento nobre que também pode estar presente na fase da paixão.
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