terça-feira, 26 de abril de 2011

Causas naturais de desequilíbrios ambientais

Há vários fatores naturais que produzem desequilíbrio ambiental; entre os mesmos, talvez os que mais causem modificações sejam as erupções vulcânicas muito intensas e do tipo explosivo; tais erupções lançam material particulado na atmosfera (a chamada "poeira vulcânica"), o qual, ao refletir a energia do sol de volta para o espaço, pode criar uma espécie de "inverno vulcânico" que causará a extinção de algumas espécies de plantas e animais em vários ecossistemas. Além disso, o gás sulfídrico (um composto de enxofre) lançado pela erupção na atmosfera pode tornar a chuva ácida, causando contaminação dos corpos de água e afetando os ecossistemas nele existentes.

Um segundo exemplo de causa natural de desequilíbrio ambiental é o impacto de um grande meteoro, como o que ocorreu há 65 milhões de anos na Península de Yucatan, no México. Esse impacto causou fortes desequilíbrios em praticamente todos os ecossistemas da Terra, tendo sido responsável, segundo a opinião da maioria dos cientistas, pela extinção dos dinossauros. Além disso, há fortes evidências de que esse impacto causou incêndios florestais em todo o mundo, porque, nos afloramentos rochosos onde é possível encontrar sedimentos datados de 65 milhões de anos atrás, evento que marca a passagem do Período Cretáceo para o Terciário, há uma fina camada de cinzas e carvão com elevados teores de irídio, um elemento raro encontrado em meteoritos. A associação dessa anomalia positiva de irídio com a delgada camada de carvão datada de 65 milhões de anos, encontrada em afloramentos rochosos em todo o mundo, constitui evidência muito forte de que o citado impacto causou violentos incêndios que cobriram a Terra.

Uma terceira causa natural de desequilíbrios ambientais são as mudanças climáticas relativamente rápidas; por exemplo, até cerca de 7 mil anos atrás o Deserto do Saara era úmido e habitado por espécies como o crocodilo e o ser humano, conforme provado pela descoberta de fósseis relativamente recentes do citado animal e pinturas rupestres em paredes rochosas, indicando que o homem habitava a área do atual deserto. Uma mudança no regime dos ventos causou um ressecamento rápido do ambiente, o qual causou desequilíbrios ambientais que culminaram na morte da maioria das espécies que lá viviam; já o ser humano migrou para o leste, em direção ao Rio Nilo, onde iniciou a Civilização Egípcia há cerca de 5 mil anos atrás.

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