Um acidente nuclear libera radioatividade sob várias formas, sendo que as principais são: (1) radiação propriamente dita, sob a forma de ondas eletromagnéticas como os raios X, gama, etc. Essas são mortíferas, mas têm alcance mais limitado. (2) partículas subatômicas como as denominadas partículas alfa, que são o núcleo do elemento hélio e (3) isótopos radioativos de elementos químicos diversos, que são liberados para o meio ambiente, sob a forma de "poeira radioativa". Dentre os isótopos radioativos liberados, podemos citar o iodo 131, o estrôncio 90 e o césio 137.
As partículas subatômicas e os isótopos radioativos são muito perigosos, pois tanto podem se infiltrar no solo, carreados pela água, contaminando o mesmo e os lençóis de água subterrâneos, quanto podem ser levados pelos ventos para locais distantes da usina, sendo trazidos novamente ao solo pelas chuvas, contaminando nossas fontes de água e de alimento mesmo em locais distantes daquele do acidente, dependendo da intensidade do mesmo e da direção dos ventos. Desse modo, um acidente nuclear pode causar a contaminação de toda a cadeia alimentar dos ecossistemas que forem contaminados pela radiação.
Felizmente, o Brasil está no lado oposto do paneta em relação ao Japão e até o momento, recebeu apenas restos dessas partículas, incapazes de prejudicar nossa saúde. Os efeitos da radiação sobre o corpo humano, provenientes de (1), (2) ou (3), dependerão da intensidade da mesma e do tempo de exposição. Uma exposição direta causa queimaduras de 3º grau e morte relativamente rápida. Já nas contaminações menos intensas as pessoas podem não apresentar sintomas imediatos, mas como a radiação altera o DNA de nossas células, tais pessoas podem desenvolver uma série de doenças daí decorrentes, sendo o câncer a mais comum (principalmente de tireóide, leucemias, etc). Infelizmente, uma vez que o DNA foi alterado, pouco pode ser feito para evitar essas doenças.
Um outro efeito prejudicial ao homem (e aos demais seres vivos, tanto vegetais quanto animais) é o acúmulo dos isótopos radioativos em tecidos específicos do corpo; por exemplo, o césio 137 se acumula nos músculos, o iodo 131 tem predileção pela glândula tireóide e o estrôncio 90 se deposita nos ossos. Esse fato pode originar doenças como o já citado câncer, em sua várias formas.
Quanto à conveniência ou não do emprego da energia nuclear no Brasil, os leitores podem se reportar à palestra "Catástrofe natural do Japão, reflexões e ações no Brasil", proferida pelo assessor da presidência da Eletrobrás Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, no plenário do Confea em 24 de março de 2011. Para ele, ouvir a expressão “energia nuclear” já causa medo em muitas pessoas. Entretanto, segundo ele, essa é uma das formas mais seguras de provimento de energia elétrica.
Sérgio Oreiro
Muuiito bom o post, adorei (:
ResponderExcluirmto bom msm!
ResponderExcluirconcordo
Excluirajudou muitooooo na pesquisa escolar adorei
ResponderExcluirMuito bom .
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