Quando atiramos uma pedra nas águas tranquilas de um lago, surge uma série de ondas que se propagam em todas as direções a partir do local onde a pedra caiu. Essa é uma boa analogia para quando corpos de rocha são subitamente perturbados, o que gera um conjunto de ondas mecânicas que se propagam da mesma forma que as que geradas pela pedra no lago. Um terremoto nada mais é do que a passagem dessas ondas, e o local onde ocorre a perturbação inicial é denominada epicentro do terremoto.
Os terremotos podem ser gerados de diversas maneiras. A mais comum delas é o movimento relativo entre dois corpos de rocha ao longo de um plano de fraqueza, denominado falha geológica. Eles podem também ser causados por avalanches de neve ou escorregamentos de terra, pela queda de rochas no interior de minas e cavernas e por explosões intensas como as de uma indústria de armamentos e de uma bomba nuclear. Os terremotos gerados pela primeira causa citada costumam ser os mais intensos e devastadores.
Para melhor entender como se formam os terremotos, é preciso atentar para um importante aspecto da constituição do nosso planeta. Nós vivemos sobre uma fina camada sólida denominada litosfera ou costa terrestre, cuja espessura varia de cerca de 5 km nas partes mais profundas dos oceanos até um máximo de 70 km no meio dos continentes. A crosta terrestre não é homogênea, mas sim dividida em cerca de uma dúzia de porções individuais denominadas placas tectônicas (do grego tektos, construtor). A camada que se situa imediatamente abaixo da litosfera é chamada de astenosfera, que é quente e constituída por pouco menos de 1% de rocha fundida, o que faz com que ela apresente um comportamento viscoso. Devido a isso, as placas tectônicas se movimentam relativamente umas às outras, deslizando sobre a astenosfera ao longo de limites que constituem grandes zonas de falha.
O movimento entre as placas não se dá de forma contínua, pois as forças de atrito entre as zonas de falhas que as separam faz com que a energia mecânica seja acumulada até que o ponto de ruptura seja atingido. Uma vez superado o ponto de ruptura, o movimento se dá de forma súbita, com a liberação de grande quantidade de energia sob a forma de ondas sísmicas, originando os terremotos.
De posse dessas informações básicas, fica claro porque os terremotos são comuns nas regiões de limites entre as placas tectônicas e mais raros no interior das mesmas. O Brasil, por exemplo, é pouco sujeito a esse fenômeno porque seu território está no interior da Placa Sul Americana. Mesmo assim, já experimentamos terremotos em nosso país, mas isso é assunto para uma outra postagem. A figura abaixo mostra, de forma simplificada, a distribuição dos epicentros dos terremotos em nosso planeta, bem como os limites entre as principais placas tectônicas.
Distribuição dos terremotos (pontos amarelos) em nosso planeta. As linhas azuis correspondem aos limites entre as placas tectônicas e os triângulos vermelhos representam os principais vulcões ativos. Notar que tanto estes últimos quanto os terremotos coincidem com os limites entre as placas. Fonte: www.sismo.iag.usp.br/sismologia/terremotos.php
Finalmente, é importante mencionar que devemos aos terremotos a maior parte de nosso conhecimento sobre o interior da Terra. As ondas sísmicas geradas num determinado ponto do planeta percorrem toda a extensão do mesmo e são captadas por estações sismológicas distribuídas em quase todos os países. É por meio do estudo dos parâmetros físicos dessas ondas que podemos ter uma boa noção das diferentes camadas das quais nosso planeta é constituído.
texto mto bom hem parabens!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirabraçoos!!!!!!!!!
muito bom adorei foi exemcial para o meu trabalho!
ResponderExcluirmuito obrigado!
legal...otimo
ResponderExcluirNoossa Daaaaoriinha"
ResponderExcluirSérgio,
ResponderExcluirDiscordo desse ponto de vista ortodoxo de que os terremotos seriam causados por acúmulo de tensões nas ditas placas tectônicas.
Na minha visão, terremotos naturais são deslocamentos de gases no interior da Terra, tal como metano, hélio, nitrogênio, radônio, etc. Trata-se de um fenômeno ainda não conhecido de modo que os paradigmas que rondam a maioria dos sismólogos fazem com que os mesmos não consigam fazer previsões sobre os sismos. Se assim as quiserem deverão dar maior importância à química dos terremotos e não ficar apenas contabilizando as ondas sísmicas que são importantes, porém quando chegam a bala já disparou e restaria dar no pé e rezar.
Um abraço,
Saberás quem sou
eu estou fazendo um trabalho sobre isso mesmo na escola, valeu mesmo, seu texto vai ajudar muito
ResponderExcluirajudou muito, testo bastante útil
ResponderExcluirmuitisssimo bom,parabens!!!
ResponderExcluirestou fazendo uma pesquisa escolar para a faculdade o seu comentario me ajudou a tirar umas duvidas Obrigado.
ResponderExcluirestou fazendo uma pesquisa escolar para a faculdade o seu comentario me ajudou a tirar umas duvidas Obrigado.
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