quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A erupção do Vesúvio de 79 AC

A erupção do monte Vesúvio, situado na antiga Campânia romana, teve um forte impacto na história da humanidade, pois causou uma grande destruição numa área próspera que continha as importantes cidades de Pompéia, Herculano, Oplonti e Stabia.

O evento catastrófico ocorrido em 79 AC foi precedido por tremores de terra, aos quais não foi dada a devida importância devido ao fato de que terremotos são comuns na região, e os romanos nunca haviam presenciado uma erupção do Vesúvio, pois a ciclicidade das erupções desse vulcão é de cerca de 2000 anos, e a cidade de Roma foi fundada no século VIII AC.

A erupção teve início com uma intensa dispersão de púmice proveniente de uma elevada coluna eruptiva; a segunda parte da erupção foi composta por fluxos piroclásticos que causaram grande mortandade, tanto por traumatismo físico oriundo do fluxo propriamente dito e do desabamento de residências, quanto pela asfixia, causada pela inalação, pelas pessoas e animais, de cinzas vulcânicas e gases tóxicos.

As principais fases da erupção foram descritas por Plínio, o jovem, que as observou do cabo de Misenum, antigo porto militar romano, distante cerca de 21 km do vulcão. Seu tio, Plínio, o velho, que já havia escrito um tratado de história natural no qual não havia reconhecido o monte Vesúvio como sendo um vulcão, partiu com sua frota naval em socorro das vítimas que haviam se refugiado no litoral, mas morreu antes de alcançá-las, na baía de Stabia. As descrições de Plínio, o jovem, são plenamente compatíveis com os estudos modernos efetuados na região, e podem ser consideradas como o nascimento da vulcanologia.

As ruínas de Pompéia foram descobertas no final do século XVI. As escavações, que representaram o começo da arqueologia moderna, iniciaram-se em 1709, em Herculano, e em 1748, em Pompéia. Em meados do século XIX, as escavações se intensificaram, mas os trabalhos arqueológicos foram interrompidos pela segunda guerra mundial. Em Estábia, as pesquisas se reiniciaram em 1949. Muitos edifícios de dessas cidades conservaram-se em perfeito estado, assim como os corpos das vítimas desse evento catastrófico, que conservaram as posições em que estavam quando foram mortos, totalmente envolvidos pelo material vulcânico ardente que os envolveu. O material orgânico foi totalmente destruído, mas os corpos deixaram seus moldes na cinza vulcânica petrificada, moldes esses que foram preenchidos por gesso pelos arqueólogos.

A foto acima, publicada no site http://viagemehistoria.com/pompeia-italia-vulcao-vesuvio/, mostra um dos moldes de corpos humanos preenchidos por gesso, que revelam detalhes fantásticos, como a posição em que a pessoa estava ao morrer e até mesmo as dobras da roupa que ela usava.

Sérgio

2 comentários:

  1. Eu li um poema da Clarice Lispector e achei que me encaixo bastante nele, espero que vc o aprecie também, tem muito de mim.

    Clarice Lispector: "Não me prendo a nada que me defina...

    "Não me prendo a nada que me defina. sou companhia, mas posso ser solidão. tranqüilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer… Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."
    Clarice Lispector

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  2. A minha professora de história disse que em uma época existia um vulcão,e esse vulcão entrou em erupção e congelou uma cidade(não me lembro se é na mesopotâmia)e eu achei este assunto legal e hoje estou aqui pesquisando sobre ele!

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